Sobre o tempo,
e sobre como começa —
e tudo é um princípio imaturo.
Ah, meu fôlego,
a ti, em desespero,
ama a linha tênue que me concebe.
Sopra o meu fôlego
ao desejo de um sorriso,
a um beijo — doce desejo.
Uma flor que me ache belo.
Na sinceridade do que me acho,
sopra em mim o vento,
uma aventura.
Ah, meu fôlego,
só desejar me faz amar até a mim,
assim mesmo: imaturo.
Passa o meu tempo,
sobra em mim — e contento.
Esperar até achar
nunca me faz desatentar.
Respiro. Meus pulmões —
um ar fresco, um alívio de sentido,
um rasgar de vontade.
Peça-me todos os beijos.
Cante para mim todos os desejos.
Assim eu desejo,
até que perceba:
estou tão só.
Então vem a mim, desejo.
Cumpra meu tempo
de ainda buscar.