Minha Amada Iludida

Minha amada iludida,
minha fonte de alegria,
fala-me, por favor,
o que será de mim
se um dia deixar de te amar?

Como poderei existir?
Estarei convicto de um precipício,
de olhos vendados, pronto a saltar…
Mas és tu que me amarras,
salvando-me ainda no ar.

Puxa-me.
Não me deixes na agonia.
Como posso, ainda,
confrontar-te sem te ver?

Só depende de ti,
de tua mão estendida,
para que me salves,
e me leves de volta a casa.

Ao levantar-me,
serei mais que sol —
serei luz a ofuscar-te.
Serei mar,
imensidão a envolver-te.
E, perante Deus,
tão pequeno a confessar meu amor,
mas gigante ao te honrar.

Faz repousar minha fadiga,
para que eu possa respirar-te em pensamento.
Não me iludas até que a realidade volte.
És imaginação minha,
sonho lúcido que me sustém,
que me conta quem sou
quando te amo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *