A imaginação, ao se manifestar como imagem e ação, revela um discernimento onde aplico a vontade e o desejo de alguma forma. Porém, em momentos de ociosidade ou desatenção, sou levado a devaneios que ligam a imaginação a aspectos de uma vontade e desejo distorcidos. Não necessariamente como ações reais, mas como lapsos involuntários, desenhados na mente.
Ao conectar certos pontos, a consciência pode formar espécies de memórias que não existem de fato, mas que se apresentam como imaginação.
Ao ouvir uma voz ou um ruído, percebemos como a mente interpreta o contexto — seja em estado de atenção ou distração —, o que pode indicar alguma deficiência na estrutura mental.
Isso pode gerar confusão intelectual, pois no campo emocional, algo percebido como prejudicial à integridade pode criar preconceitos repressivos.
Somos levados a estados de medo e menosprezo. O emocional, junto ao bom senso, nos leva a um autojulgamento severo.
Em situações críticas, isso molda o comportamento, podendo levar a pessoa a agir como alguém fora de si, como um insano ou até herege.
Quando ouvimos vozes internas e externas e sentimos que o mundo nos julga, parece que forças malignas se aproveitam da nossa imaginação e da distração da mente — como se estivéssemos acordados, mas sonhando.
Dessa forma, os estímulos audiovisuais se formam dentro de nós, gerando o senso e a memória de um fato inexistente, mas ofensivo e desestabilizador.
Passamos então a dar ouvidos a essas forças, que são forças espirituais malignas.
Por isso, contemplamos a Palavra de Deus:
Romanos 8:35-39
³⁵ Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
³⁶ Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro.”
³⁷ Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
³⁸ Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes,
³⁹ nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Vivemos em constante perseguição espiritual por andarmos segundo a vontade de Deus.
Mas o que dizer daqueles que não creem?
Seguem doutrinas de demônios, dividindo-se em duas categorias: os oprimidos pelo medo e vergonha, que sofrem por falta de discernimento, e os que se entregam à corrupção, agindo segundo os preceitos do inimigo — espíritos aos quais se rendem, não por ignorância, mas por vontade própria, seduzidos pela malícia.
Essas vozes são espíritos. Podem ser malignos ou benignos — ora para nos livrar do mal, ora para nos acusar.
Mas só há um Espírito verdadeiramente benigno: o Espírito de Deus.
O mundo jaz no maligno, mas o Espírito Santo nos faz entender o propósito de Deus.
1 João 5:1-21
¹ Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama o que o gerou, ama também o que dele é nascido.
² Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
³ Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos.
⁴ Pois todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
⁵ Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?
(…)
¹⁹ Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno.
²⁰ Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
²¹ Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
Entendemos melhor o Espírito Santo, que nos reserva como filhos de Deus. Por amor a Cristo, sofremos perseguições no mundo espiritual. Essas vozes nos confrontam com propostas sedutoras e imaginações perniciosas, tentando nos abater.
Aqueles que ouvem e veem com discernimento espiritual possuem o dom da visão espiritual.
Mas os espíritos malignos estão à espreita, tentando nos seduzir, nos confrontar, envergonhar e enganar.
Por isso, devemos guardar os mandamentos de Deus, pois Ele é fiel para nos guardar.