Te vejo — não em pureza, mas em imperfeita beleza.
O céu escurece, perdendo sua cor
Para um profundo azul, lar das estrelas.
Desejo resplandecer — e todo meu intelecto,
De alguém desperto,
Faz-se instrumento a soar de forma destoante,
Um canto desconcertante,
Movendo-se entre estrelas.
Se me pergunto: “O que é a beleza?”
O arranjo consentido de cada nota
Me conforta — a obra-prima dessa obra:
A pureza consentida da beleza,
Nascida em natureza.
O teor, como a mente a compor,
Eleva-se, respondendo à escuridão
Com o brilho das estrelas —
Em uma mente de incertezas.
Nascemos em perfeita natureza,
De impura beleza,
Que resplandece como cada estrela.
Ao que me queira ver além da barreira,
Que venha —
Apenas a música me acompanha.
Ela desperta meu falar, meu tocar, meu agir:
Nascido para existir.